A mãe da menina flagrada ao furtar uma mercearia em Campo Grande, na tarde de terça-feira (7), disse que a filha é usuária de drogas e tem cometido delitos para sustentar o vício. Foi a quarta ocorrência envolvendo a jovem somente em 2012. A família afirma ter perdido o controle sobre a garota, mas diz estar lutando para vê-la livre do vício.
De acordo com a polícia, a menina tem 10 anos e por isso não pôde receber medida socioeducativa. A mãe diz que a garota tem 12 anos e vai completar 13 na próxima quinta-feira (9). A Polícia Civil informou que irá verificar os dados da ocorrência para descobrir o motivo da diferença de idade divulgada anteriormente.
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Menina de 10 anos é flagrada em furto pela 4ª vez, diz polícia em MS
“Pela idade dela, a polícia não pode fazer muita coisa. Ela perdeu o medo”, disse a mulher ao G1. “Eu tenho que dar um jeito na minha filha, senão eu vou acabar perdendo ela”.
A mãe relata que trabalha em um frigorífico para sustentar a casa. Como tem que sair cedo, deixa as duas filhas mais novas sob os cuidados da mais velha, de 21 anos. A menina envolvida nos furtos é a caçula da família e vive com a mãe. Segundo a mulher, ela começou a mudar o comportamento quando parou de estudar, no segundo semestre de 2011.
No mesmo período, a família relata ter descoberto o vício ao encontrar uma porção de maconha entre as roupas da garota. “Perdi o controle”, relata a mãe, que afirma ter entrado em pontos de vendas de drogas no bairro em busca da filha. Segundo ela, a partir de 2012 a situação complicou-se. A garota passou a levar eletrodomésticos e outros objetos de casa para trocar por drogas.
“Ela já estava fumando e depois a situação começou a complicar. Está acabando com as minhas coisas”, diz a mãe, “Eu não estou mais aguentando. Não tenho condições de deixar a casa sozinha. Ela leva tudo”.
Também nesse ano, a menina começou a envolver-se em furtos para manter o vício. A mãe afirma que a filha já é usuária de pasta base de cocaína. “Meu medo é ela furtar e depois virem atrás de mim. Eu não tenho condições de pagar”, relata.
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